Escrevi ao longo das eras, dei formas e cores aos
telados brancos e virgens. Com o grafite suave dei acabamento às toscas formas.
Compus o som que embalou a minha viagem. O sopro do vento se encarregou de
cantar no primeiro momento, até quando a água e a luz passaram a acompanhá-lo.
A música era ouvida por entre os vales, cobertos de verde esmeralda.
Gotas
de sangue escorreram pelo tecido, impregnaram as fibras trançadas na paisagem,
e pode-se ouvir batidas suaves. Eu acho que era o som de um coração batendo.
Derramei gotas, doei parte da minha vida, o calor aqueceu a terra. A felicidade
ia na frente abrindo passagem, o amor vinha afagando os novos caminhos. Era
novo. Era diferente. Era o meu lugar.
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